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Rio Grande do Norte ganha primeiro laboratório de reprodução animal

Foto: Agência Sebrae de Notícias

Foto: Agência Sebrae de Notícias

O Rio Grande do Norte vai receber o primeiro Laboratório de Melhoramento Genético Animal, o IBS GEN. O espaço é uma parceria do Sebrae no Rio Grande do Norte com o Instituto BioSiostêmico (IBS). O laboratório possibilitará aos produtores de bovinos do estado, o acesso a uma das mais modernas biotecnologias de reprodução do mundo, a Fertilização In Vitro (FIV), e vai ajuda-los a enfrentar a estiagem, repovoando o rebanho de corte e leite potiguar.

A inauguração oficial para a imprensa acontece na próxima terça-feira (1), às 10h, na sede do laboratório, localizado na Rua Francisco Aires de Carvalho, em Neópolis, Zona Sul de Natal. Além dos representantes do Instituto BioSistêmico e do Sebrae, vão participar do encontro, representantes do Governo do Estado e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Secretaria de Agricultura, Pecuária e da Pesca (Sape); RN Sustentável; Banco do Nordeste; Caixa Econômica Federal; Banco do Brasil; Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn); Associação Norte-Rio Grandense de Criadores (Anorc); Agência de Fomento do RN (AGN); além de representantes dos núcleos de raças e demais sindicatos ligados ao segmento.

Há quatro anos, o Sebrae coordena, juntamente com o IBS, as ações Gene Leite e Gene Corte, através do Projeto Leite e Genética, levando para o homem do campo a tecnologia da FIV através da Vaca Móvel, Rufião Móvel e Agromóvel. Com o laboratório instalado em Natal, vai facilitar ainda mais os atendimentos desses projetos, ampliando o acesso dos produtores

a essa importante tecnologia, que antes era levada ao laboratório da cidade de Rio Preto, em São Paulo. O projeto tem o objetivo de desenvolver a produção leiteira e de corte, melhorar a gestão econômica rural, promover o manejo nutricional e sanitário do rebanho e, a partir daí, melhorar o potencial genético da criação.

De acordo com o último censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de cinco milhões de propriedades rurais. O Rio Grande do Norte, por sua vez, detém cerca de 83 mil, o que corresponde a uma fatia nacional de 1,6%. Com isso, o laboratório vai atender os pequenos, médios e grandes produtores da bacia leiteira potiguar. Para o gestor do Projeto Leite e Genética do Sebrae-RN, Acácio Brito, com a fertilização in vitro, o produtor vai passar a aumentar o seu rebanho com maior velocidade, já que uma vaca matriz deixa de gerar até 10 filhotes, passando a gerar no máximo 100 filhotes. “O melhoramento genético de qualidade muda a realidade de um produtor e de uma fazenda, porque favorece toda a cadeia produtiva. E a questão da fertilização in vitro, é o que há de mais moderno no mundo sobre o trabalho de melhoramento genético”, revela.

Foto: Agência Sebrae de Notícias

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A unidade tem capacidade instalada para produzir aproximadamente 4,5 mil embriões por mês, com a colaboração de uma equipe formada por sete profissionais. Cerca R$ 500 mil foram investidos em equipamentos de última geração, projetados para agregar a sala de lavagem (responsável pela esterilização e secagem de materiais), sala de cultivo (onde é feita a parte de produção de fertilização, maturação e avaliação de sêmen) e sala de meios (lugar feito as produções dos embriões).

Apesar de atender no momento apenas o território potiguar, a perspectiva é de abranger os serviços para outros estados da região Nordeste e Norte do país. Segundo o diretor corporativo do IBS, Luis Henrichsen, o laboratório representa um salto para a pecuária seletiva norte-riograndense, à medida que vai facilitar aos produtores potiguares à tecnologia para reprodução e ao material genético de alta qualidade, repovoando o rebanho potiguar, já que enfrentamos a maior seca dos últimos 20 anos.

“A instalação do laboratório de Fertilização in Vitro para melhoramento genético animal é um marco na história da pecuária do Rio Grande do Norte. A tecnologia da FIV com transferência de embriões é o que há de mais novo no mundo quando se fala em reprodução animal em escala comercial. Além dos resultados rápidos e precisos, é a melhor forma de desenvolver a genética bovina, assegurando aos produtores que os animais produzidos terão condições de enfrentar as adversidades climáticas de cada região”, destacou Luís Henrichsen.

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