Entre os Estados que participam do programa de BIODIESEL da agricultura familiar da Cargill está o Mato Grosso do Sul, com mais de 400 agricultores atendidos em diferentes municípios. Sob a coordenação do Instituto BioSistêmico (IBS), a execução da assistência técnica às lavouras de soja se consolida a cada nova safra, com a orientação sobre correção do solo, escolha de sementes, uso consciente de defensivos agrícolas, além do monitoramento constante das lavouras.
De acordo com o consultor do IBS, o engenheiro agrônomo Murilo Sarausa, que atua no município de Sidrolândia (região central do MS), o rendimento das lavouras foi afetado pela estiagem registrada entre o final de dezembro e o final de janeiro. A estiagem coincidiu com a fase produtiva da soja, afetando o florescimento e a formação das vagens e grãos na maioria das lavouras.
“A incidência de fungos e doenças nas lavouras da região foi inexpressiva. Mas a ocorrência de lagartas chamou a atenção e já era esperada, pois o tempo seco e quente é mais propício à propagação de pragas. Por isso, orientamos o monitoramento constante das lavouras, o que permite a identificação precoce dos problemas para a tomada das devidas providências, minimizando os estragos”, explicou Murilo Sarausa.
Assim como ocorreu em Sidrolândia, a região da grande Dourados sofreu as consequências da estiagem com queda na produção. “Geralmente, os agricultores do MS realizam o plantio entre meados de outubro e meados de novembro. Quem plantou nesse período, pegou a estiagem entre dezembro e janeiro na fase crucial do desenvolvimento da planta. Nesses casos, a média de produção foi de cerca de 30 a 35 sacas por hectare”, relatou o engenheiro agrônomo Antônio Eduardo da Silva que atua na região.
Segundo o agrônomo, os agricultores da grande Dourados que realizaram o plantio entre meados de setembro até meados de outubro não sofreram tanto as consequências da estiagem entre dezembro e janeiro, pois as lavouras já estavam na fase de colheita. “Entre os agricultores que começaram o plantio mais cedo, temos relatos de produção de 60 a 65 sacas por hectare”, destacou.
Já nos municípios de Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul, os índices pluviométricos foram satisfatórios, segundo Antônio Eduardo. De acordo com ele, as lavouras atendidas pelo programa nesses dois municípios produziram entre 50 a 55 sacas de soja por hectare, em média.