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De ajuda de custo, o leite pode se transformar em principal fonte de renda da família

Com os avanços na produção, Mário passou a trabalhar junto com a esposa

Com os avanços na produção, Mário passou a trabalhar junto com a esposa

O trabalho realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Mato Grosso do Sul (Sebrae/MS), no fomento à pecuária leiteira do Estado, vem possibilitando a transformação da realidade de muitas famílias. Na consultoria a campo, são utilizadas as unidades Vaca Móvel (de monitoramento da qualidade do leite), Rufião Móvel (monitoramento reprodutivo) e o Agromóvel (para manejo nutricional e de rebanho, além de orientação sobre despesas e receitas).

A tecnologia das unidades móveis é disponibilizada pelo Instituto BioSistêmico (IBS), empresa contratada pelo Sebrae para realizar a consultoria nas propriedades rurais. Nos grupos atendidos em diferentes cidades sul-mato-groessenses, algumas histórias ajudam na compreensão da importância do acesso à tecnologia, à informação e a metodologias de organização e gestão da propriedade.

Uma dessas histórias é retratada na trajetória do casal de produtores Mário Luís Schein e Andréia Kuzneiwski. Eles fazem parte do grupo de produtores atendidos pelo Sebrae/MS no Assentamento Alambari CUT, no município de Sidrolândia. Há oito anos, quando foram contemplados com um lote de 9 hectares nesse assentamento, eles começaram a produzir leite para complementar a renda. Durante seis anos, com uma média de 11 vacas, eles não passaram do patamar de 20 litros por dia.

Nessas condições, Mário Luís precisava trabalhar fora da propriedade para garantir o sustento da família. “As vacas viviam largadas no pasto. Nós não sabíamos o que fazer para melhorar as condições da produção de leite. Nunca fizemos teste de qualidade do leite e muito menos exame de ultrassom. Problema de mastite era comum e perdíamos muitos cios das vacas”, afirma Andréia Kuzneiwski, que ficou responsável pela atividade enquanto o marido trabalhava em outras propriedades.

Segundo Andréia, quando eles passaram a receber a consultoria do Sebrae, há dois anos, tudo começou a mudar. Uma das primeiras providências foi plantar 4 hectares de pasto em sistema de piquetes, além de 1 hectare de cana-de-açúcar para complementar a alimentação dos animais. “Passamos a comprar milho para fazer silagem e também adequamos o sal. A parte de reprodução ficou bem mais organizada com os exames de ultrassom do Rufião Móvel e, com o Vaca Móvel, recebemos toda a orientação para melhorarmos a qualidade do leite”, relata a produtora.

A partir da consultoria realizada com o Agromóvel, o casal de produtores entendeu que poderia obter bons resultados ao substituir o rebanho. “Vendemos as vacas que davam pouco leite e compramos outras. Hoje, nosso rebanho é de 8 vacas e a produção é de 140 litros por dia”, afirma Mário Luís Schein.

Com os avanços da produção, Mário Luís voltou a trabalhar na propriedade da família. “Compramos uma ordenhadeira e estamos investindo para aumentar a produção. Nunca pensamos que seríamos capazes de produzir mais do que 50 litros e já passamos de 100. Nossa meta é aumentar ainda mais”, adianta o produtor. Ele fala com a certeza de quem comprovou que, com a orientação específica, é possível planejar, investir e obter bons resultados na atividade leiteira em uma pequena propriedade.

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