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Agrônomos do IBS concluem mais uma safra no programa de agricultura familiar da Cargill

Fotos: Arquivo IBS

Foto: Willian Sakomura

O verde das lavouras de soja deu lugar ao amarelo e a colheita do grão já foi concluída em grande parte do Brasil. Na Safra 2013/2014, o programa de agricultura familiar da Cargill (Selo Combustível Social) atendeu mais de 1.700 produtores em 61 municípios, nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Pará.

De acordo com a coordenadora do programa pelo IBS, a engenheira agrônoma Priscila Terrazzan, o programa cumpriu o objetivo de levar uma assistência técnica de qualidade até o agricultor, com alternativas de condução da lavoura de acordo com a realidade de cada propriedade familiar.

“Creio que, nesta safra, o IBS tenha contribuído bastante para a condução das lavouras, principalmente no controle racional de pragas e doenças e na conscientização da importância da adubação de base. Observamos resultados interessantes relacionados à calagem correta aplicada na safra anterior”, ressalta Priscila Terrazzan.

Foto: César Colussi

Foto: César Colussi

Em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, a colheita foi finalizada, enquanto, no Paraná e em Santa Catarina, o encerramento da safra deve acontecer a partir da segunda semana de abril. No Pará, a safra está no meio do ciclo e a região tem contado com boa quantidade de chuva, o que vem contribuindo para o bom desenvolvimento da cultura até o momento.

Na fase final dos atendimentos, os agrônomos orientaram os agricultores sobre estimativa de produção, monitoramento de pragas de final de ciclo com indicações em casos de infestação e recomendações para regulagem das colheitadeiras. Nesse período, também foi feito um planejamento para os próximos meses, com recomendações para correção de solo, para a safrinha e para o cultivo de inverno.

BALANÇO

Com exceção do Pará, nos demais Estados atendidos pelo programa, a estiagem castigou boa parte das lavouras. Em todas as regiões, a incidência de infestações da lagarta falsa-medideira foi motivo de preocupação entre os produtores. De acordo com o agrônomo Willian Sakomura, a estimativa de quebra de produção, em função desses fatores, foi de 5 a 10% na região de Sidrolândia no Mato Grosso do Sul.

No Estado de São Paulo, as consequências da falta de chuva e do ataque da falsa-medideira foram mais graves. “Acredito que a quebra na produção de agricultores familiares girou em torno de 20 a 30%, principalmente na região de Birigui”, observa Sakomura.

Foto: Antonio Augusto Momesso

Foto: Antonio Augusto Momesso

Segundo o agrônomo Antonio Augusto Momesso, na região de Prudentópolis, no Paraná, a produção teve uma variação de 10 a 80 sacas por hectare. “Quem plantou entre meados de outubro e meados de novembro teve perdas significativas. Os solos arenosos responderam com maiores produções e algumas variedades plantadas sentiram mais que as outras os efeitos da estiagem”, relata Momesso.

Apesar das dificuldades enfrentadas, as regiões de outras cidades paranaenses tiveram produção acima da média nacional. “O controle da falsa-medideira foi complicado, mas os produtores seguiram as orientações dadas na assistência técnica e conseguiram diminuir os danos para a cultura. Tivemos a ocorrência de estiagens durante o ciclo, mas sem prejudicar a produção final. Nas regiões de Braganey, Corbélia e Rebouças, por exemplo, os agricultores ficaram satisfeitos com os resultados alcançados”, ressalta o agrônomo César Colussi.

APOIO FUNDAMENTAL

Foram dias de sol escaldante, outros de muita chuva, estradas de difícil acesso, entre outras adversidades que fazem parte da rotina dos agrônomos do IBS. Mas nada foi empecilho para a realização da assistência técnica do programa de agricultura familiar da Cargill. O agrônomo Oscar Uekawa, por exemplo, além de enfrentar estradas com relevo bastante acidentado( o que é uma característica da região de Porto União, em Santa Catarina, onde atende), costuma atravessar o Rio Iguaçu, a bordo de uma pequena balsa, para a realização de alguns atendimentos.

A família do agricultor Elói Tascer durante visita do agrônomo Maurício Oliveira. Foto: Regina Groenendal

A família do agricultor Elói Tascer durante visita do agrônomo Maurício Oliveira. Foto: Regina Groenendal

“Todo o esforço é recompensado quando podemos ver os bons resultados nas lavouras das famílias que atendemos”, resume Uekawa. No depoimento do agricultor Elói Tascer, de Teixeira Soares-PR, fica nítida a boa receptividade da assistência técnica pelos agricultores. “Apesar dos 18 anos de experiência com soja, sempre há o que aprender com a assistência técnica do programa que ajuda a nos reciclar. O agrônomo explica tudo muito bem e a gente sabe que não tem interesse comercial envolvido”, destaca o agricultor.

Para o casal de produtores Élcio José Dirza e Tereza Tornal Dirza, de Rio Azul – PR, o programa é um incentivo para eles permanecerem no campo, cultivando soja e outras variedades. “O programa da Cargill nos traz o conhecimento necessário para conseguirmos um bom desempenho na lavoura”, afirma a agricultora.


 

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