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Investimento no leite fortalece a agricultura familiar em São Gabriel do Oeste – MS

Sérgio Vieira ao lado da mãe Zelina, na propriedade da família

Sérgio Vieira ao lado da mãe Zelina, na propriedade da família. Fotos: Regina Gressler Groenendal

Em meio às extensas lavouras de soja de São Gabriel do Oeste, na Região Norte do Mato Grosso do Sul, existem cerca de 500 pequenas propriedades, nas quais o leite é uma das atividades mais compatíveis. Como uma das principais fontes da economia do município, ao lado da soja, destaca-se a suinocultura.

“Nesse contexto, a Prefeitura de São Gabriel do Oeste entende que a pecuária leiteira precisa ser estimulada pelo poder público para que os pequenos produtores também possam participar da economia do município”, afirma Luís Grison, secretário da Agricultura e do Meio Ambiente de São Gabriel do Oeste. Ele destaca a importância da atuação da AGRAER e do projeto de apoio à pecuária leiteira desenvolvido pelo SEBRAE, com execução do IBS.

Atualmente com 23 produtores atendidos, o projeto do SEBRAE é desenvolvido no município há 3 anos. “Nesse projeto, os produtores se sentem inseridos no mundo da informação e da tecnologia, elementos indispensáveis para desenvolver a pequena propriedade”, observa o secretário.

Luís Grison e o veterinário da Prefeitura, Fabrício, no viveiro da fundação

Luís Grison e o veterinário da Prefeitura, Fabrício, no viveiro da fundação

Além de disponibilizar dois veterinários que atuam focados na agricultura familiar, a Prefeitura de São Gabriel mantém a Fundação Educacional de Apoio à Pesquisa e ao Desenvolvimento Econômico, que funciona como uma difusora de tecnologia de outras entidades de pesquisa. “Mantemos viveiros de culturas como capim de diversas espécies, cana de açúcar e até mesmo soja como alternativa de alimentação para o gado de leite”, destaca Luís Grison.

BONS RESULTADOS

Depois de uma temporada de trabalho na cidade, o jovem Sérgio Vieira retornou ao campo, há quatro meses, para ajudar os pais, Zelina e José Vieira, na pequena propriedade que é atendida pelo Vaca Móvel, Rufião Móvel e o Agromóvel. “Meu pai vai cuidar da horta e eu ficarei responsável pelo leite. Resolvi mudar porque vejo mais futuro aqui. Se a gente se dedicar, a atividade dá retorno”, diz o jovem produtor.

Marco Antônio investiu no resfriador e na ordenha mecânica

Marco Antônio investiu no resfriador e na ordenha mecânica

O retorno na propriedade da família pode ser observado na produtividade diária que aumentou de 60 litros, a partir de uma média de 14 vacas, para 200 litros com média de 18 vacas. “Queremos aumentar ainda mais a produção e, para isso, estamos reformando os piquetes. Já nos preparamos para o aumento da produção, comprando um resfriador e uma ordenha mecânica”, adianta Sérgio Vieira.

Também atendido pelo projeto em São Gabriel, o produtor Marco Antônio comemora a melhoria na qualidade do leite que produz. Assim como Sérgio Vieira, ele investiu na compra de uma ordenha mecânica e um resfriador.

“Eu me sinto feliz por perceber que estou evoluindo no meu ramo de atividade. Não é uma atividade fácil, pois sem dedicação e investimentos não avança. Mas as orientações que recebemos pelo projeto facilitam muito a nossa lida”, relata Marco Antônio. Antes de ingressar no projeto, o gado apresentava muito problema de mastite. O que passou a ser raro depois que ele começou a colocar em prática as orientações de higiene disseminadas nos atendimentos.

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