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Programa da Fundação Cargill orienta estratégias para o mercado de olerícolas

O carrinho de mão que serve para as vendas das filhas de dona Lucenilda logo deverá ser substituído por um transporte maior.

O carrinho de mão que serve para as vendas das filhas de dona Lucenilda logo deverá ser substituído por um transporte maior.

No programa “de grão em grão” da Fundação Cargill, o Instituto BioSistêmico tem desenvolvido um trabalho integrado que envolve a assistência técnica voltada para a agricultura sustentável, ações de desenvolvimento do mercado e de cooperação/associativismo entre os agricultores familiares contemplados pelo programa. O trabalho abrange dois grupos de produtores de olerícolas, um com 19 participantes em Santarém-PA e outro com 21 participantes em São José do Rio Pardo-SP.

Para melhorar a inserção dos produtos no mercado, o IBS realizou Planejamento Estratégico de comercialização. As ações de mercado contemplam diferentes canais de comercialização, entre eles a venda direta ao consumidor. Em Santarém, o grupo “Sorriso Feliz” começou a dar os primeiros passos do plano de comercialização proposto.

“A primeira ação programada é a venda de sacolas de hortaliças aos colaboradores da unidade da Cargill em Santarém. Para essa ação, está sendo aplicada uma pesquisa de interesse que irá nortear a demanda de entregas”, explicou o consultor do IBS, Moacir Kretzmann, responsável pelas atividades voltadas ao mercado dentro do programa “de grão em grão”.

Uma das filhas da agricultora Lucenilda Pereira dos Santos de Santarém começou a vender os produtos de porta em porta.

Uma das filhas da agricultora Lucenilda Pereira dos Santos de Santarém começou a vender os produtos de porta em porta.

De acordo com Moacir, o objetivo é acessar nichos de mercado, com oferta de atendimento diferenciado, criando fidelização, com venda direta para grupos organizados (colaboradores da Cargill, sindicatos, agentes públicos, entre outros) por meio de entrega de sacolas/cestas de hortaliças aos consumidores previamente definidos. A ideia é estender o processo de comercialização a outros canais, como restaurantes, cozinhas industriais, supermercados, minibox e para o mercado institucional (PAA/PNAE).

“Realizamos uma reunião com a Prefeitura Municipal de Santarém, também parceira do projeto. Nesse encontro realizado na Secretaria da Agricultura, foi solicitada a disponibilização de um espaço para o grupo de produtores organizarem o recebimento e a distribuição dos produtos”, adiantou Moacir Kretzmann. Segundo o consultor, a partir do programa, as famílias passaram a se dedicar mais à produção de olerícolas, percebendo que há um mercado diferenciado a ser conquistado.

As filhas da agricultora Lucenilda Pereira dos Santos de Santarém, por exemplo, passaram a ajudá-la na produção da horta, pois começaram a vender os produtos de porta em porta e perceberam que há uma demanda crescente a ser atendida. Elas iniciaram com alguns produtos transportados em um carrinho de mão que, em breve, deverá ser substituído por um transporte maior para dar conta do aumento da produção e das vendas.

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