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Projeto de fomento à pecuária leiteira no ABC Paraibano inicia nova fase

Consultor do IBS durante atendimento com o Vaca Móvel, em propriedade na região de Guarabira - PB

Consultor do IBS durante atendimento com o Vaca Móvel, em propriedade na região de Guarabira – PB

Foi dada a largada para uma nova etapa do Projeto de Desenvolvimento Setorial do Agronegócio Agreste/Brejo (Setor de Leite bovino e Derivados), desenvolvido pela unidade do SEBRAE de Guarabira – PB com execução do Instituto BioSistêmico (IBS). O projeto atende a 60 produtores de leite em municípios da região do ABC Paraibano, com perspectiva de aumento para 150 produtores no decorrer de 2014.

Nesta nova etapa, um grupo de 20 produtores estão inseridos no Programa de Inseminação por Tempo Fixo, o CRIATF que é um programa de inseminação inteligente. “O CRIATF é mais uma ferramenta tecnológica que o IBS apresenta aos produtores paraibanos. O programa propõe o melhoramento genético do rebanho, como também estabiliza a curva de produção da propriedade no ano seguinte, com parições programadas em diferentes períodos do ano”, explica o coordenador técnico do IBS Nordeste, o médico veterinário Fernando Gomes.

De acordo com o médico veterinário, o grupo contemplado apresentou infraestrutura e tecnologia compatíveis com os procedimentos do CRIATF. “Mas a ideia é desenvolver os demais produtores para que um número cada vez maior esteja apto a receber essa tecnologia”, acrescenta Fernando Gomes.

O projeto de fomento à pecuária leiteira do ABC Paraibano é desenvolvido há dois anos pelo SEBRAE em parceria com o IBS. O público atendido é formado por pequenos produtores, em empreendimentos com mão de obra contratada e mão de obra familiar, predominando agricultores situados em áreas de assentamentos.

O médico veterinário do IBS, Geraldo Nobre, ao lado do produtor Mário Ângelo da Silva, de Bananeiras – PB, durante seleção de palma para plantio

O médico veterinário do IBS, Geraldo Nobre, ao lado do produtor Mário Ângelo da Silva, de Bananeiras – PB, durante seleção de palma para plantio

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Os produtores recebem o atendimento do Rufião Móvel (monitoramento reprodutivo), do Vaca Móvel (qualidade do leite) e de gestão (manejo nutricional e de rebanho, além de orientação sobre despesas e receitas). De acordo com o gestor do projeto pelo SEBRAE, João de Deus, esse trabalho apresenta alternativas viáveis para o desenvolvimento sócio econômico do ABC Paraibano, uma das regiões com menor renda per capta do Estado da Paraíba.

“As intervenções provocadas pelo IBS têm sido de suma importância para o desenvolvimento da atividade de bovinocultura leiteira da região, pois contribuem com inovações tecnológicas como o Rufião Móvel que possibilita a visualização do número de vacas prenhes. Por meio dele, são realizados exames andrológicos das matrizes bovina, condicionando maior perspectiva de manejo adequado do rebanho e, consequentemente, maior produtividade e aumento da renda familiar”, ressalta o gestor do SEBRAE.

João de Deus também destaca a importância do Vaca Móvel, que proporciona ao técnico orientar as condições reais do leite produzido no rebanho, viabilizando prevenções de doenças como a mastite clínica ou subclínica, além de possibilitar a identificação de custos através de desperdício ou carência de nutrientes na dieta alimentar do rebanho.

Ainda de acordo com o gestor do SEBRAE, o Vaca Móvel é um instrumento essencial para que o produtor visualize a qualidade do leite produzido, em conformidade com as normas de segurança alimentar. O que é avaliado dentro dos parâmetros para a Contagem Bacteriana Total (CBT) e Contagem de Células Somáticas (CCS) estabelecidos na Instrução Normativa Número 62 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Essas tecnologias, aliadas à consultoria para melhorar a gestão da propriedade, contribuíram para despertar a visão empresarial no produtor rural e seus colabores, respeitando as condições de cada propriedade. Conforme explicou o gestor João de Deus, após dois anos de trabalho, os produtores atendidos constataram a viabilidade técnica e econômica da atividade leiteira, desenvolvendo potencialidades a partir das condições reais de estrutura de cada propriedade.

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