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Projeto tem mudado a realidade da pecuária leiteira na região do Brejo Paraibano

Atendimento do Vaca Móvel na região do Brejo Paraibano

Atendimento do Vaca Móvel na região do Brejo Paraibano

O Sebrae na Paraíba renovou o contrato com o Instituto BioSistêmico (IBS) por mais um ano para a execução do Projeto de Desenvolvimento da Agroindústria do Leite e Derivados, na região do Brejo Paraibano. Além das 60 propriedades atendidas em 2014, foram incluídos mais 16 produtores de leite no início deste ano. De acordo com o gestor do projeto pelo Sebrae, João de Deus Nascimento, a meta é ampliar os atendimentos para 120 propriedades.

Executada pelo IBS sob coordenação do Sebrae, a consultoria inclui visitas do Rufião Móvel (monitoramento reprodutivo), do Vaca Móvel (qualidade do leite), além do atendimento de gestão (manejo nutricional e de rebanho, com orientação sobre despesas e receitas). Em desenvolvimento desde o ano passado, o Programa de Inseminação por Tempo Fixo (CRIATF) será intensificado em 2015. Outra novidade do projeto para este ano é a vacinação contra brucelose em bezerras de 3 a 8 meses de vida.

O CRIATF propõe o melhoramento genético do rebanho e estabiliza a curva de produção da propriedade no ano seguinte, com parições programadas em diferentes períodos do ano. “Nosso objetivo é promover o melhoramento genético nos rebanhos dos produtores que têm apresentando uma boa evolução técnica nesses últimos anos. Isso demonstra que o trabalho realizado desde setembro de 2011 tem possibilitado avanços no desenvolvimento das propriedades”, afirma João de Deus.

Em 2015, está prevista vacinação contra brucelose em bezerras de 3 a 8 meses de vida.

Em 2015, está prevista vacinação contra brucelose em bezerras de 3 a 8 meses de vida.

De acordo com o gestor do Sebrae, graças ao projeto, foi possível quebrar paradigmas entre os criadores de gado de leite que não apostavam na produção de silagem para os períodos de estiagem. “Com o empenho dos consultores, apresentação de exemplos práticos e acompanhamento técnico, muitos produtores passaram a cultivar milho, sorgo e capineira para armazenarem e alimentarem o gado na seca. Antes, a maioria precisava comprar o alimento de outros lugares durante a estiagem, mas essa realidade mudou”, relata.

A disseminação do cultivo de palma adensada foi outra mudança de hábito dos criadores a partir do projeto. “Por meio do cultivo convencional, a produção é de cerca de 90 toneladas de palma por hectare. Na mesma área, no plantio adensado, a produção pode chegar a 600 toneladas”, explica João de Deus.

Empreendedorismo

As propriedades atendidas têm apresentado uma boa evolução técnica

As propriedades atendidas têm apresentado uma boa evolução técnica

Para o gerente da agência regional do Sebrae de Guarabira, José Marcílio de Sousa Santos, o projeto tem possibilitado a mudança de visão dos produtores sobre a atividade leiteira. “A propriedade passou a ser vista como uma empresa, cuja atividade deve ser planejada e contar com investimentos e aplicação de novas técnicas. Esses produtores perceberam que com a gestão eficiente da propriedade poderão atingir melhores índices de rentabilidade”, observa.

A partir da execução do Projeto de Desenvolvimento da Agroindústria do Leite e Derivados, observou-se um aumento no número de poços artesianos perfurados em propriedades da região. Para os representantes do Sebrae, esse é outro exemplo da visão empreendedora que passou a fazer parte da realidade dos produtores rurais atendidos no projeto.

“Faltava profissionalização, planejamento e visão estratégica no campo e temos obtido resultados efetivos nesses aspectos, com a continuidade do projeto. A consultoria do IBS foi a que melhor se adequou à nossa região, com soluções viáveis para a realidade apresentada em cada propriedade. Conseguimos sensibilizar os produtores sobre a importância da aplicação de técnicas que favorecem a produção, a qualidade do leite, garantindo lucratividade”, destaca Marcílio.

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