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Inovação tecnológica possibilita bons resultados em fazenda centenária

A família Barreto está no local há mais de 70 anos. Fotos: Regina Groenendal

A família Barreto está no local há mais de 70 anos. Fotos: Regina Groenendal

Visitar a Fazenda Engenho Mineiro, no município de Areia, no Brejo Paraibano, é como retornar ao passado. Logo na entrada, a estrutura de um engenho centenário impressiona pelas dimensões. Alguns metros acima, o casarão do início do século passado guarda a história da família Barreto que chegou ali há mais de 70 anos.

Apesar de ainda ser cultivada, a cana-de-açúcar deixou de ser exclusividade na propriedade há muitos anos. Ao lado do engenho, o curral apresenta a outra atividade desenvolvida: a pecuária leiteira. “Desde os tempos de meu avô, meu pai mexe com vaca de leite. Mas aqui na região faltam incentivos para a atividade. No passado, ele tentou organizar uma cooperativa, mas nenhuma tentativa vingou”, recorda o produtor Gutemberg Barreto.

Segundo Gutemberg, a família participou de alguns projetos de fomento à atividade leiteira, mas os resultados mais expressivos foram obtidos a partir do Projeto de Desenvolvimento da Agroindústria do Leite e Derivados, na região do Brejo Paraibano. Desenvolvido pelo Sebrae da Paraíba, o projeto é executado pelo Instituto BioSistêmico (IBS) na região.

Atendido há mais de dois anos, com a devida orientação técnica, ele fez a seleção do rebanho com o objetivo de aumentar a produtividade. Descartou os animais que não contribuíam para essa meta e adquiriu vacas com o perfil mais adequado para os planos em andamento. Além da seleção dos melhores animais, o produtor tem investido em genética e, desde 2014, faz parte do CRIATF.

Outra providência foi ajustar a nutrição para atender as necessidades específicas do rebanho. “Após as consultorias, estou alimentando uma quantidade menor de vacas e produzindo mais leite. Com 33 vacas em lactação, tirava uma média de 80 litros de leite por dia. Atualmente, com 11 vacas em lactação, a média é de 130 litros”, ressalta Gutemberg.

Com 11 vacas em lactação, a média é de 130 litros de leite por dia

Com 11 vacas em lactação, a média é de 130 litros de leite por dia

Ele destaca também as possibilidades que o Rufião Móvel proporciona. “O exame de ultrassom nos possibilita a tomada de decisão com mais garantias, pois deixamos as hipóteses de lado para trabalharmos com informações mais precisas. Mantínhamos uma vaca que considerávamos que voltaria a dar leite, mas, com a visita do Rufião Móvel, descobrimos que ela não poderia mais produzir”, relata.

A partir do diagnóstico e das recomendações na consultoria com o Vaca Móvel, o produtor melhorou as condições de higiene na hora da ordenha, elevando a qualidade, além de fazer a adequação nutricional para ajustar o teor de gordura do leite. Ele reconhece que as mudanças não seriam possíveis sem a consultoria do Sebrae e do IBS que abriram as porteiras da Fazenda Engenho Mineiro para a inovação tecnológica.

 

 

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